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domingo, 16 de janeiro de 2011

Novo PNE

Meta 1: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar da população de 4 e 5 anos, e ampliar, até 2020, a oferta de Educação Infantil de forma a atender a 50% da população de até 3 anos.

Meta 2: Universalizar o ensino fundamental de nove anos para toda população de 6 a 14 anos.

Meta 3: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos e elevar, até 2020, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85%, nesta faixa etária.

Meta 4: Universalizar, para a população de 4 a 17 anos, o atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na rede regular de ensino.

Meta 5: Alfabetizar todas as crianças até, no máximo, os oito anos de idade.

Meta 6: Oferecer Educação em tempo integral em 50% das escolas públicas de Educação Básica.

Meta 7: Atingir as seguintes médias nacionais para o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb):
Ideb
   2011
  2013
   2015   
2017
  2019
 2021
Anos iniciais do ensino fundamental
4,6
4,9
5,2
5,5
5,7
6,0
Anos finais do ensino fundamental
3,9
4,4
4,7
5,0
5,2
5,5
Ensino médio
3,7
3,9
4,3
4,7
5,0
5,2

Meta 8: Elevar a escolaridade média da população de 18 a 24 anos de modo a alcançar mínimo de 12 anos de estudo para as populações do campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% mais pobres, bem como igualar a escolaridade média entre negros e não negros, com vistas à redução da desigualdade educacional.

Meta 9: Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até 2015 e erradicar, até 2020, o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional

Meta 10: Oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de Educação de Jovens e Adultos na forma integrada à Educação profissional nos anos finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio.

Meta 11: Duplicar as matrículas da Educação Profissional Técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta.

Meta 12: Elevar a taxa bruta de matrícula na Educação Superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurando a qualidade da oferta.

Meta 13: Elevar a qualidade da Educação Superior pela ampliação da atuação de mestres e doutores nas instituições de Educação Superior para 75%, no mínimo, do corpo docente em efetivo exercício, sendo, do total, 35% doutores.

Meta 14: Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu de modo a atingir a titulação anual de60 mil mestres e 25 mil doutores.

Meta 15: Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, que todos os professores da Educação Básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.

Meta 16: Formar 50% dos professores da Educação Básica em nível de pós-graduação lato e stricto sensu, garantir a todos formação continuada em sua área de atuação.

Meta 17: Valorizar o magistério público da Educação Básica a fim de aproximar o rendimento médio do profissional do magistério com mais de onze anos de escolaridade do rendimento médio dos demais profissionais com escolaridade equivalente.

Meta 18: Assegurar, no prazo de dois anos, a existência de planos de carreira para os profissionais do magistério em todos os sistemas de ensino.

Meta 19: Garantir, mediante lei específica aprovada no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, a nomeação comissionada de diretores de escola vinculada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à participação da comunidade escolar.

Meta 20: Ampliar progressivamente o investimento público em Educação até atingir, no mínimo, o patamar de 7% do produto interno bruto do País.

Fonte:http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/pne.pdf

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Estudante deve ser "protagonista" na educação infantil, defendem especialistas

Na educação infantil, a criança toma contato pela primeira vez com o ambiente escolar e aprende como deve se portar neste novo lugar. Isso não significa, porém, que não possa expressar suas opiniões e questionar esse espaço.


De acordo com a pedagoga Maria Angela Barbato Carneiro, coordenadora do Núcleo de Pesquisas do Brincar, da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo, deve haver um equilibrio entre a iniciativa do adulto e da criança na condução das atividades em sala de aula: "A criança deve ser a protagonista, não no sentido de fazer tudo o que quer, mas deve-se observar também quais são os interesses dela para que se possa atendê-los", diz.


A pedagoga Fátima Guerra, da UnB (Universidade de Brasília) explica que a organização da rotina e dos espaços dentro da sala de aula ajuda a criança a se localizar no tempo e no espaço. Assim, elas aprendem a lidar com a noção de tempo e isso lhes dá segurança, pois elas podem antecipar o que está para acontecer.


No entanto, se as crianças não tiverem uma abertura para que possam propor o que lhes interessa, elas não se sentirão estimuladas a criar, a questionar, a mudar o que está estabelecido. "[A criança] precisa ser construtora do espaço em que ela vive, ela deve ser coautora de seu desenvolvimento e de sua aprendizagem. O professor deve ser um mediador e dar oportunidades de autonomia na decisão do planejamento da rotina e na organização dos espaços", diz.


Segundo Fátima, a possibilidade do aluno poder se expressar só traz benefícios, pois as crianças são "naturalmente negociadoras". "As pessoas não acreditam muito... A criança pode não ter grande consciência, mas tem grande percepção do que está ocorrendo a sua volta. Por isso, ela tem que desenvolver isso", diz.

O que é ensinado na educação infantil? Saiba mais

Vista muitas vezes como uma etapa menor do ensino, a educação infantil é definida como a "base" do estudante, dizem especialistas. "É o momento mais importante da educação, porque você trabalha a estruturação da criança. Se ela está bem estruturada, ela enfrenta a adversidade de uma forma muito melhor", defende Fátima Guerra, PhD em educação infantil e professora da UnB (Universidade de Brasília).

E o que essa educação abrange? De maneira lúdica, crianças de 0 a 5 anos de idade aprendem a se situar no espaço da escola e da sala de aula e desenvolvem a coordenação motora, a linguagem e a sociabilidade, além de entrarem em contato com conceitos de leitura, escrita, ciências, matemática e artes, dentre outros conteúdos.


Esses conceitos, porém, são dados de maneira diversa da que é feita nos ensinos fundamental e médio, uma vez que os pequenos ainda estão aprendendo a lidar com conhecimentos abstratos. "Isso é desenvolvido por meio de atividades que propiciam a descoberta", explica a pedagoga Maria Angela Barbato Carneiro, coordenadora do Núcleo de Pesquisas do Brincar, da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo.


"Havia um preconceito de que a pré-escola não era escola. No entanto, como os pais deixam a criança cada vez mais cedo [na escola], agora são ensinados vários conceitos para esses alunos", explica a pedagoga Maria Angela.

Coordenação motora

Durante a educação infantil, o aluno desenvolve as coordenações motoras grossa e fina. Com a primeira, é possível localizar as diferentes partes do corpo, bem como situá-lo no espaço. Com isso, a criança aprende a controlar, por exemplo, a velocidade do andar e conceitos como "em cima/embaixo", "esquerda/direita" e "frente/trás".


A coordenação fina é desenvolvida quando a criança começa a trabalhar com materiais pequenos, tais como massinha e giz grosso. O aluno faz o "movimento de pinça" com as mãos e, com isso, chega ao uso do lápis.
A organização do espaço e do tempo também contribuem para esse aprendizado do controle do corpo. Com uma rotina que se repita todo dia, a criança consegue antecipar as coisas que vão acontecer e ganha mais confiança, até mesmo para propor atividades novas.

Letramento

O estudante do ensino infantil aprende conceitos de letramento, ou seja: ele toma contato com o universo da escrita e aprende, por exemplo, como são as letras e que a leitura se dá da esquerda para a direita e de cima para baixo. Ele pode até sair desta etapa lendo e escrevendo, apesar disso, no entanto, ser objetivo da alfabetização, que ocorre nos primeiro e no segundo anos do fundamental.


Para conhecer o mundo das letras, a criança deve ouvir e contar histórias, ver dramatizações e tomar contato com livros infantis. Além disso, ressalta a pedagoga Maria Angela, é preciso que as crianças possam se expressar livremente: "Ela deve brincar muito, dançar muito e poder se expressar de formas diferentes", diz.

Conteúdos

Conteúdos de ciências, matemática e artes, dentre outros, podem ser trabalhados com crianças, desde que sejam adaptados para sua idade e sejam dados de forma lúdica. Segundo Fátima Guerra, a ludicidade não deve ser uma brincadeira dada após as atividades, como "prêmio", mas é uma forma de expressão da criança. "Pelas brincadeiras e diálogos você vê muito como a criança está percebendo o mundo e que adultos estão ao redor dela", diz a professora.


Maria Angela explica a importância da brincadeira não dirigida, em que a criança pode criar suas regras e fazer descobertas por sua conta: "[esse tipo de brincadeira] é importante aprender com o próprio erro, porque com esse erro ela não sofre castigo, já na vida real ela teria um castigo; assim, através dessa experiência ela pode aprender com o erro e ele não vira só uma coisa frustrante", diz.

Participação dos pais

Os pais devem estar cientes das atividades que o filho tem na escola, de acordo com as especialistas. Segundo a professora Fátima, uma vez que não há separação entre o aluno na escola e a criança em casa, pais e o estabelecimento de ensino devem ter um relacionamento complementar. Apesar de haver escolas que não permitem aos pais entrarem no ambiente escolar, a pedagoga diz que é positivo que os pais participem da vida escolar e, até mesmo, das decisões pedagógicas.

Fonte: Portal UOL

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